MTS propõe subida salarial para 2023 acima da inflação

A Metro Transportes do Sul (MTS) foi, uma vez mais, confrontada com um novo pré-aviso de greve convocado pelo Sindicato dos Maquinistas (SMAQ) que, ao contrário de outras estruturas sindicais representadas na empresa, continua irredutível na negociação salarial para 2023.

A greve dos operadores de condução da MTS decorre entre 15 e 19 de novembro, a 15 e 19 às horas extras e a todo o serviço nos dias 16, 17 e 18, comprometendo, assim, a atividade normal da operação da MTS, afetando os utentes que diariamente usam os serviços da MTS.

A MTS, no âmbito de conversações regulares com as forças sindicais, conseguiu chegar a entendimento sobre a tabela remuneratória a aplicar em 2023 refletindo uma atualização salarial bastante acima da inflação esperada para um conjunto de categorias, designadamente para os Operadores de condução. O SMAQ recusou-se a negociar e, desde então, a MTS não recebeu qualquer contato do sindicato.

O silêncio do SMAQ foi apenas interrompido para avançar com um novo pré-aviso de greve mostrando que não há qualquer vontade de negociar no sentido de melhorar as condições salariais dos seus associados. A postura assumida pelo SMAQ parece clara e tem como objetivo apenas destabilizar a empresa e agravar a sua situação económico-financeira, sem se preocupar verdadeiramente com outros colaboradores e prejudicando os clientes.

A MTS, dentro do seu contexto legal, contratual, financeiro e operacional tem, desde 2007, data do início da sua operação, aprovado inúmeras medidas, para além do previsto no código de trabalho, que se têm traduzido numa melhoria reiterada das condições salarias e de trabalho dos seus colaboradores. Lamenta-se a intransigência do SMAQ, a incapacidade de apresentar propostas enquadráveis na realidade da MTS e a indisponibilidade para o diálogo, ao contrário de outras forças sindicais.